O livro é razoável e o filme uma trampa. A reacção da Igreja Católica é completamente disparatada e promoveu um filme medíocre. Todos sabemos que o escritor Dan Brown confunde os leitores cirandando no limbo entre a realidade e a ficção. Os críticos atacaram este facto e apontaram a dedo todos as imprecisões e incorrecções. Dan mexeu com dogmas sensíveis do catolicismo, usa com genealidade as suas "maquiavélicas" diatribes, arrasando a Igreja Católica e uma organização do seu seio, que os detractores mais ferozes, acusam de ser uma espécie de "Cosa Nostra". É verdade ou não que a Opus Dei financiou o Banco do Vaticano? É verdade ou não que a sede da "Obra de Deus" em Nova Iorque custou dezenas de milhões de dólares?
É verdade ou não que o fundador daquela seita suspeita foi beatificado em tempo recorde? Uma mão lava a outra e duas lavam o cu, como diz o zé povinho... ! É verdade ou não que o catolicismo usou inúmeros símbolos pagãos e inúmeras tradições pagãs? É verdade ou não que o Imperador Constantino utilizou o cristiansmo a seu bel-prazer e adulterou a Bíblia Sagrada (Bíblia: do grego biblion, que significa "livro por excelência"). Seria assim tão chocante que existisse um relacionamento íntimo entre Jesus Cristo e Maria Madalena?
Para as tradições judaicas não era chocante que um trintão fosse solteiro? Enfim...!!! Quando se ataca ou simplesmente se discute as teorias dogmáticas (algumas anedóticas!) da Igreja Católica, o clero exaspera-se e começa a destilar veneno. Felizmente não nos podem ameaçar com a Santa Inquisição, com os célebres autos-de-fé. Actualmente a Igreja tem alguns Torquemadas e uma organização inquisidora: congregação para a doutrina da fé, que chegou a ser dirigida pelo Cardeal Ratzinger (Bento XVI) e excomungou várias pessoas! O Vaticano em todo o seu esplendor.